Jamais te vi
sempre te amarei
anonimamente,
alegremente
te deixo meu coração,
córneas, fígado,
rins, pulmões.
Te deixo vida
na minha morte.
Obrigado parceiro,
seja quem for.
alto, baixo,
jovem, idoso,
negro, branco, amarelo,
pobre, rico,
analfabeto ou doutor,
monoteísta, ateísta,
politeísta..,
obrigado mesmo
por permitir
que um pedaço de mim
viva em você.
Autor Benedito Morais de Carvalho (Benê)
27 de setembro- Dia Nacional de Doação de Órgãos
Livro: A poesia da calçada não vende ilusão (2020)