SAUDADE
Sinto saudade das feiras,
das meninas faceiras,
dos açudes transbordando,
do cheiro do milho assando,
das festas de apartação.
Sinto saudade das brigas,
por causa das raparigas,
no cabaré de Conceição.
Sinto saudade das roças,
do meu povo nas palhoças,
comendo de cócoras no chão.
Sinto saudade da canjica,
do canto iterativo da peitica,
do angu no prato esfriando.
do cheiro forte do estrume,
do curral, eu bem cedo, espiando
todo o gado, cerimonioso, mijando.
Livro Reversos
Editora CEPE(1993)
Poema Revisado
Benedito Morais de Carvalho (benê)
Enviado por Benedito Morais de Carvalho (benê) em 21/02/2018