APENAS POR AMOR
Ser poeta marginal
é uma barra.
Sem mídia,
sem média
sem grana
independente
come grama
come o pão
que o diabo amassou.
Poeta lido de favor,
o livro distante
da estante,
ignorado
empoeirado
nos sebos da vida.
De folha fina
ele se destina
aos banheiros públicos
dos terminais rodoviários
Jabaquara, Tietê, Barra Funda
página a página...desfolhado
poemas inéditos, limpando bunda
Benedito Morais de Carvalho (benê)
Enviado por Benedito Morais de Carvalho (benê) em 10/03/2018