Benedito Morais de Carvalho(Benê)
NÃO SOU POETA, SOU UM ARRUMADOR DE PALAVRAS.
Textos
ESPIGÃO URBANO
Agora está feito,
emergiu um edificio
mais um espigão
na minha rua
vizinhos deslumbram
a planta morta
na mesa torta
do calculista arquiteto,
peões alicerçando
sob ordens do mestre de obra
comem ferro
bebem argamassa
cospem concreto
abraçam tijolos
vomitam colunas
bate-estacas, andaimes
no paraiso nascente
rasgando a terra
encobrindo o céu
fechando o espaço
escondendo horizontes
realçando vidraças
mais um espigão erguido
castelo dos sonhos
TV a cabo, piscinas, salão de festas
churrasqueira, lavanderia, playground
com seus espelhados elevadores
descendo e subindo freneticamente
conduzindo sonhos, tristezas, alegrias.
gente compactada,
amontoada, realizada,
estúdios de 20 25 30 metros quadrados
almas espremida, felizes, gratificadas,
na minha rua, no meu bairro, da minha cidade tresloucamente, verticalmente esticada.
Agora está feito,
emergiu um edificio
mais um espigão
na minha rua
vizinhos deslumbram
a planta morta
na mesa torta
do calculista arquiteto,
peões alicerçando
sob ordens do mestre de obra
comem ferro
bebem argamassa
cospem concreto
abraçam tijolos
vomitam colunas
bate-estacas, andaimes
no paraiso nascente
rasgando a terra
encobrindo o céu
fechando o espaço
escondendo horizontes
realçando vidraças
mais um espigão erguido
castelo dos sonhos
TV a cabo, piscinas, salão de festas
churrasqueira, lavanderia, playground
com seus espelhados elevadores
descendo e subindo freneticamente
conduzindo sonhos, tristezas, alegrias.
gente compactada,
amontoada, realizada,
estúdios de 20 25 30 metros quadrados
almas espremida, felizes, gratificadas,
na minha rua, no meu bairro, da minha cidade tresloucamente, verticalmente esticada.
Benedito Morais de Carvalho (benê)
Enviado por Benedito Morais de Carvalho (benê) em 19/05/2019
Alterado em 02/11/2020
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