Benedito Morais de Carvalho(Benê)
NÃO SOU POETA, SOU UM ARRUMADOR DE PALAVRAS.
Capa Textos Fotos Perfil Livro de Visitas Contato
Textos

CALA A BOCA, POETA

 

Cala a boca, poeta, não ouse gritar

o mundo prefere fingir a calar

silêncio imposto, voz sufocada

verdades negadas, esperança calada.

Barrigas vazias fome que espreita

cala a boca, poeta, não há colheita

migalhas caindo, mãos estendidas

promessas ao vento, falsas guaridas.

O crime ordena, a lei se desfaz

cala boca, poeta, pois nada se faz

a justiça é cega, os gritos contidos

a vida sangrando em becos perdidos.

Mas não calo, insisto, resisto

se tentam me calar, eu persisto

que o poeta berre e o mundo escute

que a poesia seja um grito, um batuque.

 

Autor: Benedito Morais de Carvalho (Benê)

Obs. Poema ainda inédito em livro.

 

 

Benedito Morais de Carvalho (Benê)
Enviado por Benedito Morais de Carvalho (Benê) em 26/07/2025
Alterado em 26/07/2025
Comentários